segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Assim como está escrito... acontecerá, quer você creia quer não.


2 Pedro 2.1-3.18

E TAMBÉM houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição.
2  E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade.
3  E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita.
4  Porque, se Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas, havendo-os lançado no inferno, os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o juízo;
5  E não perdoou ao mundo antigo, mas guardou a Noé, pregoeiro da justiça, com mais sete pessoas, ao trazer o dilúvio sobre o mundo dos ímpios;
6  E condenou à destruição as cidades de Sodoma e Gomorra, reduzindo-as a cinza, e pondo-as para exemplo aos que vivessem impiamente;
7  E livrou o justo Ló, enfadado da vida dissoluta dos homens abomináveis
8  (Porque este justo, habitando entre eles, afligia todos os dias a sua alma justa, vendo e ouvindo sobre as suas obras injustas);
9  Assim, sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos, e reservar os injustos para o dia do juízo, para serem castigados;
10  Mas principalmente aqueles que segundo a carne andam em concupiscências de imundícia, e desprezam as autoridades; atrevidos, obstinados, não receando blasfemar das dignidades;
11  Enquanto os anjos, sendo maiores em força e poder, não pronunciam contra eles juízo blasfemo diante do Senhor.
12  Mas estes, como animais irracionais, que seguem a natureza, feitos para serem presos e mortos, blasfemando do que não entendem, perecerão na sua corrupção,
13  Recebendo o galardão da injustiça; pois que tais homens têm prazer nos deleites quotidianos; nódoas são eles e máculas, deleitando-se em seus enganos, quando se banqueteiam convosco;
14  Tendo os olhos cheios de adultério, e não cessando de pecar, engodando as almas inconstantes, tendo o coração exercitado na avareza, filhos de maldição;
15  Os quais, deixando o caminho direito, erraram seguindo o caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça;
16  Mas teve a repreensão da sua transgressão; o mudo jumento, falando com voz humana, impediu a loucura do profeta.
17  Estes são fontes sem água, nuvens levadas pela força do vento, para os quais a escuridão das trevas eternamente se reserva.
18  Porque, falando coisas mui arrogantes de vaidades, engodam com as concupiscências da carne, e com dissoluções, aqueles que se estavam afastando dos que andam em erro,
19  Prometendo-lhes liberdade, sendo eles mesmos servos da corrupção. Porque de quem alguém é vencido, do tal faz-se também servo.
20  Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se lhes o último estado pior do que o primeiro.
21  Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado;
22  Deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu próprio vômito, e a porca lavada ao espojadouro de lama.
1  AMADOS, escrevo-vos agora esta segunda carta, em ambas as quais desperto com exortação o vosso ânimo sincero;
2  Para que vos lembreis das palavras que primeiramente foram ditas pelos santos profetas, e do nosso mandamento, como apóstolos do Senhor e Salvador.
3  Sabendo primeiro isto, que nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências,
4  E dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? porque desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação.
5  Eles voluntariamente ignoram isto, que pela palavra de Deus já desde a antiguidade existiram os céus, e a terra, que foi tirada da água e no meio da água subsiste.
6  Pelas quais coisas pereceu o mundo de então, coberto com as águas do dilúvio,
7  Mas os céus e a terra que agora existem pela mesma palavra se reservam como tesouro, e se guardam para o fogo, até o dia do juízo, e da perdição dos homens ímpios.
8  Mas, amados, não ignoreis uma coisa, que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia.
9  O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se.
10  Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão.
11  Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato, e piedade,
12  Aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão?
13  Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça.
14  Por isso, amados, aguardando estas coisas, procurai que dele sejais achados imaculados e irrepreensíveis em paz.
15  E tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor; como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada;
16  Falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição.
17  Vós, portanto, amados, sabendo isto de antemão, guardai-vos de que, pelo engano dos homens abomináveis, sejais juntamente arrebatados, e descaiais da vossa firmeza;
18  Antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora, como no dia da eternidade. Amém.

(pregação do apostolo Pedro. Qualquer ensinamento que vai contra este é pura heresia.)

domingo, 7 de julho de 2013

O que é ética cristã?

            Diante de tantos debates e de tantas convicções diferentes e, talvez, diante de tantas dúvidas que surgem neste século, onde a maioria das pessoas não sabe mais o que é certo ou o que é errado, diante da postura de algumas igrejas que tendem a se parecer mais com um clube, um circo ou mesmo uma empresa, do que propriamente com uma igreja, parece que a ética cristã não faz mais parte do currículo cristão ou a ética cristã neste século sofreu uma aculturação. Pode a ética cristã sofrer aculturamento? A partir dessa situação, faço uma meditação sobre o tema ética e igreja.
          A partir do site http://www.mackenzie.br/7153.html  encontrei algumas definições de ética - palavra originada do grego (èthike) que significa "modo de ser" ou "caráter"; define o conjunto de preceitos sobre o que é moralmente certo ou errado; pode ser entendida por costume ou propriedade de caráter ou, ainda, investigação geral sobre aquilo que é bom. A ética existe em todas as sociedades humanas como um conjunto de regras, princípios ou maneiras de pensar, as quais guiam as ações de um grupo em particular (moralidade) ou um estudo sistemático sobre como devemos agir (filosofia moral).
            Uma pessoa é ética quando se orienta por princípios e convicções. Dizemos que tem caráter e boa índole.
          Ética e moral, ambos se referem ao conjunto de valores e princípios que norteiam a conduta humana. Entretanto, têm as seguintes diferenças:
             Ética representa normas escritas e editadas. Ser ético é obedecer a normas editadas.
          A Moral representa reação psicológica. Quando alguém pratica ação imoral provoca reação de rejeição no meio social.
      Esta norma ética é imoral! (ou seja, embora previsto em lei ser correta acabou provocando reação de rejeição no meio social).
           A ética cristã tem elementos distintivos em relação a outros sistemas. O teólogo Emil Brunner declarou que “a ética cristã é a ciência da conduta humana que se determina pela conduta divina”. Os fundamentos da ética cristã encontram-se nas Escrituras do Antigo e do Novo Testamento, entendidas como a revelação especial de Deus aos seres humanos.
           Em um sentido geral, podemos dizer que um ser humano é ético quando vive de acordo com as normas editadas e que determinam o modo de vida de cada sociedade, grupo de pessoas ou empresas, definindo o que é certo e o que é errado. Sendo assim para sermos éticos temos que nos adaptar às normas editadas pelo grupo de pessoas onde nos encontramos, temos que nos adaptar segundo a cultura de cada povo.
       Dessa maneira, eu só seria antiético ao desrespeitar o modo de vida das outras pessoas. Entretanto, como nem todo mundo é cristão, ou seja, como nem todo ser humano quer estar sujeito às orientações de Deus, paramos diante de duas estradas e, portanto, temos que tomar uma decisão: ou ignoramos as orientações de Deus (ética cristã), ou nos tornamos uma pessoa mascarada, de duas caras; optamos por viver como um camaleão ou, ainda, esquecemos que a Bíblia é a Palavra de Deus e que Deus existe - assim, eu mesmo defino as normas de vida de uma sociedade). Dessa maneira, extinguimos a ética cristã.
            O teólogo Emil Brunner faz uma definição muito coerente quando diz que a ética cristã é a ciência da conduta humana que se determina pela conduta divina. Creio que esta afirmação não geraria nenhuma polêmica se todos os seres humanos do nosso século que se dizem ser cristãos ainda acreditassem que a Bíblia é a Palavra de Deus. Porém, como para muitos a Bíblia somente contém a Palavra de Deus, também fica difícil dialogar, pois, nesse caso, quem seria a pessoa certa para determinar ou dizer o que na Bíblia é Palavra de Deus e o que não é Palavra de Deus?
            Creio que a Bíblia é a Palavra de Deus e a vida da Igreja deve estar fundamentada nos ensinos da Palavra de Deus.
        O que seria então para um cristão a ética cristã? Se for ético é obedecer a normas editadas, para o cristão é o obedecer a normas ditadas por Deus (os seus mandamentos). Não falo somente dos 10 mandamentos, mas de todos os ensinamentos de Cristo que se encontram na Bíblia. É por isso que o cristão é chamado a ser sal e luz no mundo, pois seu estilo de vida é para ser baseado na vontade de Deus, não segundo o pensamento de um grupo de pessoas que cria as suas próprias normas.
        Em 1 Jo 5.2-4 diz: “Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus, quando amamos a Deus e guardamos os seus mandamentos. Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são pesados”.
          A ética cristã é determinada pela Palavra de Deus. 1 Jo 1.5 – 2.5 diz: “E esta é a mensagem que dele ouvimos, e vos anunciamos: que Deus é luz, e não há nele trevas nenhumas. Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos em trevas, mentimos, e não praticamos a verdade. Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado. Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.  Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós. MEUS filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo. E nisto sabemos que o conhecemos: se guardarmos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu conheço-o, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade. Mas qualquer que guarda a sua palavra, o amor de Deus está nele verdadeiramente aperfeiçoado; nisto conhecemos que estamos nele”.
           Ética cristã não é nada mais do que ter uma vida coerente com a Palavra de Deus, como diz o texto acima: “Aquele que diz: Eu o conheço, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade”. Portanto, se alguém afirmar que é cristão, mas no cotidiano apresentar uma vida totalmente fora da vontade de Deus (Mt 7.21; Rm 1.18-32; 1Co 6.9,10; Gl 5.10-21; Ap 22.15), este está também tomando parte na falta de ética cristã.   
          Portanto amados irmãos em Cristo, quando nós confessamos Cristo como Senhor e Salvador estamos reconhecendo que nosso modelo de vida está baseado nele, na sua forma de falar, agir e (con)viver. Nele, através da ação do Espirito Santo, somos feitos novas criaturas (2Co 5.17), nossos princípios e convicções passam a ser os seus ensinamentos e, dessa maneira, é que demonstramos nossa postura ética ou antiética. Como cristãos, estamos sendo éticos ou antiéticos em nosso modo de viver?
                                                                                  Irio Edemar Genz

domingo, 16 de junho de 2013

O que julgamos: Intenções ou atitudes?

         A intenção do coração do ser humano só ele mesmo conhece; nenhuma outra pessoa pode dizer qual foi sua verdadeira intenção ao falar ou apontar para algo. Para alguns, numa mesma atitude, posso estar julgando; já para outros, posso estar demonstrando amor. Isso depende do ponto de vista de cada um, de como prefiro ver a declaração do outro. Creio que, quando alguém aponta um pecado de outra pessoa, está falando de um fruto visível na vida dela, estando baseado naquilo que as Escrituras apontam como sendo pecado. Agora, quando alguém aponta para a intenção do coração daquele que apontou o pecado já está julgando – não uma atitude (fruto visível), mas algo que ele não conhece, algo que só a Deus pertence. Vejamos:

         Mateus 14 – Será que João Batista perdeu a sua cabeça por gostar de apontar o pecado de Herodes? Será que João Batista gostava de apontar o dedo no nariz de Herodes? Será que João Batista estava pensando no futuro de Herodes? Alguns vão dizer que o ato de João Batista é de um homem que gosta de julgar os outros, que só enxerga o cisco no olho do irmão, mas não vê a trave que esta no seu próprio olho. Outros vão dizer que o ato de João Batista foi um ato de amor ao próximo, pois João Batista estava também preocupado com a vida espiritual de Herodes.
         Será que falar sobre pecado ou chamar a atenção do pecador é sinal de julgamento? Ou falar sobre pecado e chamar a atenção dos pecadores é um ato de amor para com os pecadores não arrependidos?
         Quando Jesus chamou os escribas e fariseus de hipócritas em Mateus 15.7; 23.13-15; 23.23; 24.51, ele estava julgando ou estava admoestando?
         Quando Paulo fala em Gálatas 5.19-21 que aqueles que praticam “adultério, prostituição, impureza, lascívia, Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas não herdarão o reino de Deus”, ele está julgando estas pessoas ou está admoestando?
         Quando Paulo fala em 1 Coríntios 6.9-10: “Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus” – ele estava julgando ou estava alertando com amor que quem está neste caminho não entrará no reino de Deus?
         Quando o apóstolo Paulo, ou melhor, quando o Espírito Santo inspira o apóstolo a escrever suas cartas e, em Romanos 1.18-32 ele assim escreve: “Por isso também Deus os entregou às concupiscências de seus corações” e “Por isso Deus os abandonou às paixões infames” e, ainda “assim Deus os entregou a um sentimento perverso” – o que nós vemos nestas declarações de Paulo, ou melhor, do Espírito Santo, de Deus?
         Há duas formas de ver Deus diante dessas palavras do apóstolo. Primeiro, posso ver um Deus injusto, que não ama o ser humano, um Deus sem misericórdia e que gosta de ver o ser humano ser humilhado e mandado para o inferno.  Segundo, posso ver um Deus de amor, um Deus que ama sua criação (o ser humano), um Deus cheio de misericórdia, um Deus que faz de tudo para que o ser humano não vá para a eternidade longe de dEle, ou seja, para o inferno.
         Pessoalmente, vejo um Deus de amor, de misericórdia, um Deus capaz de fazer de tudo (menos obrigar alguém a aceitar a sua vontade ou fazer uso do ser humano como se ele fosse uma marionete) para que o ser humano se dê conta de sua verdadeira situação. Digo isso porque conheço muitas pessoas que se consideram boas, justas, honestas e sem pecados ou, ainda, com só alguns “pecadinhos”... nada de mais. Creio que é por isso que Deus é capaz de entregar o ser humano à total perversidade. Talvez, dessa forma, ele consiga enxergar a sua real situação reconhecendo, assim, que precisa de Cristo, vindo a se arrepender de seus pecados e passando a crer que a Bíblia não é um livro homofóbico, mas um guia para toda pessoa não se perder em meio a tantos caminhos que os homens constroem, tendo em vista ir ao encontro de Deus.
         Diante desta reflexão pergunto: João Batista julgou ou amou? Jesus julgou ou amou? O apóstolo Paulo julgou ou amou? O Espírito Santo e Deus julgaram/julgam ou amaram/amam? E, quando eu ou qualquer outro pregador fala que adúlteros, homossexuais, avarentos, etc. não herdarão o reino de Deus nós estamos julgando ou, simplesmente, estamos mostrando o verdadeiro caminho que a Bíblia aponta?
         Como pode alguém julgar a intenção do meu coração, a de João Batista, de Jesus, de Paulo ou de qualquer outra pessoa? Será que muitos não estão julgando mais a intenção do coração do irmão que aponta os pecados, do que as próprias atitudes dos pecadores?
                                                                           Irio Edemar Genz

quinta-feira, 30 de maio de 2013

A parábola da ovelha e da dracma perdida


Creio que a falta de exegese bíblica (ou a ganancia pelo poder) em nossas igrejas é o que tem levado a igreja para longe daquilo que ela deveria ser. Estou pegando este texto para mostrar esta realidade.
A parábola da ovelha perdida se encontra no livro de Lucas capitulo quinze versículos três a sete, e em Mateus capitulo dezoito versículo dez a quatorze.
Olhamos somente o exemplo de Lucas, o que Jesus nos diz nesta parábola.
3  E ele lhes propôs esta parábola, dizendo: 4  Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove, e não vai após a perdida até que venha a achá-la? 5  E achando-a, a põe sobre os seus ombros, gostoso;6  E, chegando a casa, convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida. 7  Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.
Assim também olhamos para a parábola da dracma perdida que se encontra logo a seguir: Lucas 15.8-10.
8  Ou qual a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma dracma, não acende a candeia, e varre a casa, e busca com diligência até a achar?
9  E achando-a, convoca as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque já achei a dracma perdida.
10  Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.

Muitas igrejas hoje em dia estão esquecendo o versículo sete e o versículo dez, tirando assim todo o sentido da parábola. Jesus conhece o coração do ser humano e sabe o quanto ele é cobiçoso e o quanto o ser humano valoriza os bens materiais, creio que foi por isso que ele conta essas duas parábolas, pois quando se tratando de bens materiais o ser humano não quer perder um centavo, pode ser uma coisa bem pequena, mas se isso é seu o ser humano deixa tudo para trás e vai em busca do que perdeu até o encontrar, não sossega antes de encontrar. E quando encontra o que perdeu faz festa, talvez gastando um valor bem mais alto do que o próprio bem encontrado. Se sente muito feliz.
Se você ler os versículos um e dois do capitulo quinze também perceberá que estas parábolas são uma exortação para os escribas e fariseus. A bíblia diz que os publicanos e pecadores aproximaram-se de Jesus para o ouvir e que os fariseus e escribas murmuraram porque Jesus estava recebendo os pecadores. Podemos dizer que os escribas e fariseus eram alguns dos lideres religiosos e pessoas religiosas de nossos dias onde a sua única preocupação é com eles mesmos e com as coisas materiais.
Muitas de nossas igrejas esqueceram destas parábolas. Qual é o ministro/a hoje em dia que deixa seus 99 membros que estão na igreja e vai em busca daquele que não aparece na igreja? Qual é o ministro/a que quando descobre que um membro seu se perdeu, para com todas as tarefas e vai em busca do perdido? Ou ainda pergunto: quem hoje em dia ainda se alegra por uma pessoa perdida ser salva?
Bem, você poderá me dizer: Amigo, as coisas hoje não são bem assim, tem que ver o contexto em que você vive e você precisa contextualizar a mensagem. Respondo: Sim, claro amigo, contextualizar a mensagem é uma coisa e distorcer a mensagem é heresia. Quantos ministros/as tem tempo para ir fazer cobrança de mensalidades, quantos ministros/as tem tempo para ir varias vezes visitar, ou melhor, comer uma boa carne sempre na mesma casa, enquanto alguns que não tem nada para oferecer nunca são visitados, ou são, mas na ora do seu funeral. Mas se você for insistente ainda vai me dizer que sozinho não consegue dar conta de tudo, não consegue dar um cuidado especial para todas as suas ovelhas. Concordo com você, reconheço que em muitas igrejas um ministro/a não é capaz de cuidar de todas as suas ovelhas. Mas pergunto: Você tem desafiado e oferecido cursos para preparar novos lideres. Se tiver desafiado, continua. Se não tem, começa. Se não quer começar, não me vem com desculpas.
Nessas duas parábolas Jesus quer nos mostrar que o mais importante é encontrar, buscar o que está perdido. Ele está falando da salvação dos seres humanos, não dos bens materiais perdidos.
O que é prioridade na sua igreja ou em seu ministério? Conhecer vários lugares? Recuperar o dinheiro que você investiu na faculdade de Teologia? Ajuntar uma boa grana para comprar um carro, uma casa e ter uma boa aposentadoria quando for mais velho? Ser reconhecido e admirado por todos? Se a prioridade de seu ministério e de sua igreja não é a salvação do ser humano, lamento dizer, mas você não é um ministro de Cristo e nem esta em uma igreja de Cristo.
A prioridade do ministro/a de Cristo e da igreja de Cristo é buscar o que está perdido. Como seria diferente a nossa sociedade se a prioridade da igreja fosse realmente a busca do perdido.
                                                                                                  Irio Edemar Genz

quarta-feira, 22 de maio de 2013

A verdade dói, mas é libertadora.



 Você é um filho de Deus ou um filho do diabo? Um tema um pouco pertinente para alguns.  Um tema que só chama a atenção dos que amam a verdade, um tema que só é tratado por ministros/as que amam a Cristo. Para uns a verdade dói, para outros a verdade os liberta.
Temos por Pai a Deus quando o amamos e obedecemos aos seus mandamentos (1 Jo 3.1-24). Quem é seu pai? Alguns, para manterem um status, preferem não dizer de quem são filhos. Outros não o dizem por que não querem afirmar que abandonaram seu Pai (Deus); e, ainda outros, simplesmente porque não querem ser reconhecidos como filhos do diabo. A omissão da verdade tem levado o ser humano a viver a vida do jeito que ele quer, cada um cria o seu próprio padrão de vida, criando a partir do seu ego um padrão de verdade ou mentira, de certo ou errado.
Falar sobre os filhos de Deus é um privilegio, mas se não falarmos dos filhos do diabo muitos filhos de Deus vão achar que os filhos do diabo são seus irmãos, ou os filhos do diabo iludidos pela mentira vão se achar filhos de Deus. 
Esta tarefa primeiramente se encontra nas mãos daqueles que foram chamados por Cristo para levar o Evangelho a toda criatura (Cl 1.13). Mas, quando está tarefa é negligenciada por parte de ministros/as quem sofre é o próprio corpo de Cristo. Assim, temos uma igreja deficiente quando não uma igreja totalmente perdida ou morta.  O líder, ministro/a, pastor/a que é, ou, se diz ser um pregador do Evangelho é a pessoa que influenciará dezenas, centenas ou milhares de outras pessoas, mas quando este líder não tem o mesmo sentimento e o amor que Cristo teve por nós, quando este líder não esteja disposto a sofrer as consequências do evangelho, então sim o evangelho entrará em descrédito.
Não é de se admirar que hoje em dia vejamos pouca diferença daquele que se diz cristão e daquele que não é, creio eu, isso pelo fato de não encontrarmos ministros/as corajosos e fiéis ao Evangelho.  A preocupação com o seu bem estar por parte de muitos ministros/as, creio que é a maior causa que os leva a negociarem o Evangelho, anunciando um evangelho light, falando somente o que os seus ouvintes querem ouvir ou até mesmo fazendo tudo o que seus membros querem como se a Igreja fosse um clube e o pastor fosse um empregado.
Além disso, podemos perceber um grande conflito envolvendo pessoas com chamado de Deus e que estão querendo entrar em um ministério ordenado pela igreja local, em um trabalho integral, ou até mesmo ajudarem em suas igrejas locais. Mas durante este processo de ordenação, ou até mesmo antes, descobre-se que precisa ser mais fiel a igreja (denominação) local do que a Cristo. Ministros/as que já se encontram em uma igreja muitas vezes querem dizer (e até mesmo dizem) o que pode e o que não pode um novo ministro pregar em sua igreja. É claro que não se pode pregar contra pecados que a igreja local pratica pecados que muitas vezes pessoas da alta classe social, ou de uma boa vida financeira praticam, pois são elas que mantem essas igrejas. Isso eu chamo de igreja mercenária, o que mais vale é o dinheiro.  E depois se critica a teologia da prosperidade de igrejas neopentecostais, chamando-os de mercenários. O que caracteriza uma igreja mercenária não é a sua teologia, mas sim o interesse que está por trás dos planos da mesma. É por isso que dificilmente vamos ouvir um sermão de admoestações nessas igrejas, onde a prioridade é o dinheiro.
Se em sua igreja você não é confrontado com o pecado, se em sua igreja você não escuta sermões sobre a volta de Cristo, santidade, adultério, promiscuidade, avareza, os filhos de Deus e os filhos do diabo, inferno, lago de fogo, estes são alguns temas que tem que estar claro para o ser humano para o cristão. Se você não tem escutado de vez em quando algum tema desses, sinto informar, mas você não esta em uma igreja, você está em um clube social. Experimenta não contribuir mais para ver como você será tratado.
Agora se você quer fazer parte de uma igreja saudável (não perfeita, pois não existe igreja perfeita), procure primeiro saber quanto a igreja investe em missões, quanto a igreja está preocupada com a salvação do ser humano, quanto tempo ela gasta falando e fazendo missão. Pede uma prestação de contas para ver aonde é gasto o dinheiro e por ultimo pergunte o que a igreja tem para oferecer a você? Se ela não oferecer um ambiente familiar, se ela não oferecer preocupação por você, ela estará preocupada em números não em formar verdadeiros discípulos de Cristo.  Quando não procuramos informações sobre esses assuntos poderemos ter varias dores de cabeça ao entramos como membros em uma determinada “igreja”.
Não procure uma igreja para você ser agradado, procure uma igreja onde você realmente vê o Evangelho sendo vivido na vida do ministro/a e dos membros. Caso contrário, de membro você passará a ser sócio.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Como Deus pode ser justo e bom ao mesmo tempo?



Segundo o dicionário da Bíblia de Almeida:
Justo: Certo, legítimo.
Bom: Retidão = Qualidade do caráter pela qual a pessoa age de acordo com o que, pela lei de Deus, é considerado certo, justo e próprio; integridade.
Quando pensamos neste assunto logo nos vêm alguns questionamentos acerca do ser humano. Se Deus é bom, Ele não manda ninguém para o inferno. Mas, por outro lado, se Deus é justo, Ele não pode permitir que o injusto entre no Reino de Deus.
Não podemos esquecer que a nossa justiça é diferente da justiça de Deus. O padrão da justiça ou da bondade do ser humano depende de sua ideologia. O padrão de justiça e de bondade de Deus nos é revelado nas Sagradas Escrituras, através da qual nós podemos compreender como Deus pode ser bom e justo ao mesmo tempo. Podemos entender porque alguns vão para o inferno, para junto do diabo, e porque outros vão para o céu, para junto de Deus. As Escrituras deixam clara a existência do céu para os justos e o inferno para os injustos. Porém, mesmo alguns indo para o céu e outros para o inferno, Deus permanece justo. Por quê?
Porque a escolha é do ser humano. Deus já fez o que é necessário para a salvação do ser humano, e este somente precisa crer e aceitar tal salvação.
Vemos que Deus é um Deus de bondade, de amor, pelo fato de ter enviado ao mundo seu próprio Filho, a fim de morrer pelos pecados de todo ser humano, oferecendo ao ser humano a oportunidade de escapar do inferno, uma vez que este é incapaz de salvar-se a si, mesmo através da lei. Assim, a bondade de Deus nos é revelada em sua graça, em Cristo Jesus. Somos salvos através da graça, pela fé em Jesus Cristo, isto quando reconhecemos o que ele fez por nós e o aceitamos como nosso único Senhor e Salvador. Salvador porque ele é o único que pode nos salvar; Senhor porque é a ele quem devemos seguir para chegarmos a Deus.
Portanto, a partir disso, podemos entender como Deus é bom, como Deus é um Deus de amor. A porta do céu está aberta para que quiser entrar. Só não entra quem não quer. Cada pessoa é chamada a tomar somente uma decisão.
Isso também nos deixa claro que Deus não manda ninguém para o inferno. As pessoas vão para o inferno porque tomam a decisão de ir para lá, a partir do momento em que negam reconhecer e aceitar o amor de Deus.
Deus é também um Deus justo, Ele não faz acepção de pessoas, Ele não trata as pessoas segundo sua raça, segundo aquilo que o ser humano possui. Deus exige de todos a mesma coisa. Assim como um país não pode existir sem que haja leis para que o mesmo mantenha a ordem, assim também o reino de Deus precisa de lei para que esteja em ordem. As leis ou orientações, sejam elas de nosso país ou divinas, não foram criadas com a intenção de punir, mas de orientar.
Lembramos aqui que as leis, mandamentos ou conselhos de Deus estão baseados em um Deus que é Santo, um Deus que não compactua com o pecado. Sendo assim, algumas orientações de Deus não estão baseadas no nosso ponto de vista de santidade. Creio que nenhum homem ou mulher na face da terra é maior do que Deus para dizer a Ele o que é certo e o que é errado, o que é puro e o que é impuro, o que é aceitável e o que é abominação. Somos filhos de Deus e filho não dá ordem ao Pai – filho obedece ao Pai.
Deus sendo um Deus justo e bom quer nos orientar para que possamos entrar no seu reino. Para isso, Ele nos deixou a sua Palavra (Bíblia). Nela nós temos toda orientação necessária para viver uma vida segundo a vontade de Deus.
Portanto, cabe ao ser humano buscar orientação segundo a vontade de Deus, contida em sua Palavra. João 3.18 diz que quem crer não é condenado, mas quem não crer já está condenado. A salvação, o julgamento, a condenação acontece aqui e agora, no momento em que aceitamos ou rejeitamos o plano de salvação e a palavra de Deus. Portanto, não sejamos como os demônios que creem, mas não obedecem (Tg 2.19).
Sejamos ouvintes e também praticantes da Palavra de Deus. A Palavra de Deus já nos foi revelada, tanto para nossa salvação como para nossa condenação. Sabemos que Deus é amor, mas Ele também é justo. Não vamos brincar com a Palavra revelada.
                                                             Irio Edemar Genz

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Como 2013 pode ser diferente?


Vivemos em um mundo onde tudo se traduz em correria. E isso, muitas vezes, já percebemos no nosso próprio dia-a-dia. Saímos da cama correndo, tomamos nosso café correndo (isso quando o tomamos!), vamos para o ponto de ônibus correndo ou saímos de carro já bem acima da velocidade permitida, devido ao nosso “pequeno” atraso. Chegamos ao trabalho já em cima da hora, quando não atrasados mesmo, e, por fim, temos que mostrar serviço ao nosso chefe. E tudo isso é feito na base da correria. Depois, vamos almoçar correndo, pois, o tempo é curto demais, ainda mais para quem é acostumado a tirar um cochilo depois da refeição. Voltamos, então, correndo ao trabalho e, terminado nosso expediente, saímos dele rapidamente. Chegamos em casa com o intuito de curtir a família (isso para quem tem uma família ou gosta da sua família!). No final das contas, o tempo já está acabando, só resta um pouco de tempo ainda para dar atenção para a(o) esposa(o), um pouco para os(as) filhos(as) e... hora de dormir!
E onde fica o tempo que deveríamos tirar para ouvir a Deus? Como queremos um mundo melhor se deixamos Deus de lado?
O que aconteceu com o ser humano para que ele viva desta maneira?
Muitas vezes, é difícil colocarmos a nossa vida em ordem, ainda mais quando ela já está totalmente bagunçada. No entanto, quando conseguimos colocar prioridades na nossa vida, aí sim, conseguimos por a nossa vida em ordem. Ou melhor, quando a nossa prioridade é ter Jesus Cristo como o centro de nossa vida, ela não se torna monótona ou cansativa. Podemos ter um monte de coisas para fazer, mas saberemos dar o tempo necessário para cada coisa em nossa vida, sem ficarmos na base da correria.
Olhando para a história humana, podemos apontar que, quando o ser humano se esqueceu de Deus, a ganância tomou conta do seu coração. Frente a isso, o ser humano passou a se manter preso a diversos de seus desejos, tentando preencher aquele vazio que se encontra dentro dele com coisas supérfluas, coisas materiais ou, ainda, desejos carnais. O ser humano se tornou escravo do pecado, ou seja, do diabo.
Sabemos que existem muitas pessoas que não estão nem aí para Deus ou para a igreja e que, por isso, são escravas do diabo. Por outro lado, também sabemos que existem muitas pessoas que estão na igreja, que se consideram cristãs e que, mesmo assim, também estão distantes de Deus e são escravas do diabo. E nós nos perguntamos: por que isso está acontecendo?
Quantos jovens hoje não querem mais casar porque o exemplo de casamento que eles trazem de casa é um fracasso ou uma fraude?
Quantos jovens não querem mais saber de igreja ou de Deus porque não enxergam uma vida coerente com a vontade de Deus por parte de seus próprios pais ou daqueles que vão à igreja?
Quantos jovens não acreditam mais que a Bíblia é a Palavra de Deus porque seus próprios pais e a mídia têm dito que isso é coisa de gente fraca?
Quanta coisa mudou em nossa sociedade, na vida daqueles que deixaram a Bíblia de lado, na vida daqueles que usam a Bíblia para seu próprio benefício, na vida daqueles que usam somente algumas passagens da Bíblia como sendo inspiradas por Deus? Quanta coisa mudou em nossa sociedade depois que muitos ministros(as) perderam a coragem de denunciar o pecado dentro da igreja? Quanta coisa mudou depois que pararam as pregações sobre o adultério, a mentira, a avareza, a bebedeira, a glutonaria, os vícios, o arrependimento, a conversão, a volta de Cristo? E, aonde ainda se prega sobre o juízo final, sobre o inferno, o lago de fogo e enxofre?
Somente pode haver mudança onde pessoas são confrontadas com seu estilo de vida; somente pode haver mudanças onde as pessoas reconhecem que precisam mudar de vida; somente pode haver mudanças onde as pessoas estão dispostas a deixar Deus agir em suas vidas através do Espirito Santo. Somente pode haver mudanças em uma sociedade onde a igreja se submete à vontade de Deus e faz a vontade do Pai, onde ministros(as) têm a coragem  de chamar as pessoas ao arrependimento de seus pecados.  A Igreja que se conformou com os pecados e não fala mais em pecado, já não é mais igreja de Jesus Cristo, já deixou de ser sal e luz do mundo. Que igreja, portanto, queremos ser em 2013?
                                                                          Irio Edemar Genz