Vivemos em um mundo
onde tudo se traduz em correria. E isso, muitas vezes, já percebemos no nosso próprio
dia-a-dia. Saímos da cama correndo, tomamos nosso café correndo (isso quando o
tomamos!), vamos para o ponto de ônibus correndo ou saímos de carro já bem
acima da velocidade permitida, devido ao nosso “pequeno” atraso. Chegamos ao
trabalho já em cima da hora, quando não atrasados mesmo, e, por fim, temos que
mostrar serviço ao nosso chefe. E tudo isso é feito na base da correria. Depois,
vamos almoçar correndo, pois, o tempo é curto demais, ainda mais para quem é
acostumado a tirar um cochilo depois da refeição. Voltamos, então, correndo ao
trabalho e, terminado nosso expediente, saímos dele rapidamente. Chegamos em
casa com o intuito de curtir a família (isso para quem tem uma família ou gosta
da sua família!). No final das contas, o tempo já está acabando, só resta um
pouco de tempo ainda para dar atenção para a(o) esposa(o), um pouco para os(as)
filhos(as) e... hora de dormir!
E onde fica o tempo que
deveríamos tirar para ouvir a Deus? Como queremos um mundo melhor se deixamos
Deus de lado?
O que aconteceu com o
ser humano para que ele viva desta maneira?
Muitas vezes, é difícil
colocarmos a nossa vida em ordem, ainda mais quando ela já está totalmente bagunçada.
No entanto, quando conseguimos colocar prioridades na nossa vida, aí sim,
conseguimos por a nossa vida em ordem. Ou melhor, quando a nossa prioridade é
ter Jesus Cristo como o centro de nossa vida, ela não se torna monótona ou
cansativa. Podemos ter um monte de coisas para fazer, mas saberemos dar o tempo
necessário para cada coisa em nossa vida, sem ficarmos na base da correria.
Olhando para a história
humana, podemos apontar que, quando o ser humano se esqueceu de Deus, a
ganância tomou conta do seu coração. Frente a isso, o ser humano passou a se
manter preso a diversos de seus desejos, tentando preencher aquele vazio que se
encontra dentro dele com coisas supérfluas, coisas materiais ou, ainda, desejos
carnais. O ser humano se tornou escravo do pecado, ou seja, do diabo.
Sabemos que existem muitas
pessoas que não estão nem aí para Deus ou para a igreja e que, por isso, são escravas
do diabo. Por outro lado, também sabemos que existem muitas pessoas que estão na
igreja, que se consideram cristãs e que, mesmo assim, também estão distantes de
Deus e são escravas do diabo. E nós nos perguntamos: por que isso está
acontecendo?
Quantos jovens hoje não
querem mais casar porque o exemplo de casamento que eles trazem de casa é um
fracasso ou uma fraude?
Quantos jovens não
querem mais saber de igreja ou de Deus porque não enxergam uma vida coerente
com a vontade de Deus por parte de seus próprios pais ou daqueles que vão à
igreja?
Quantos jovens não
acreditam mais que a Bíblia é a Palavra de Deus porque seus próprios pais e a mídia
têm dito que isso é coisa de gente fraca?
Quanta coisa mudou em
nossa sociedade, na vida daqueles que deixaram a Bíblia de lado, na vida
daqueles que usam a Bíblia para seu próprio benefício, na vida daqueles que usam
somente algumas passagens da Bíblia como sendo inspiradas por Deus? Quanta
coisa mudou em nossa sociedade depois que muitos ministros(as) perderam a
coragem de denunciar o pecado dentro da igreja? Quanta coisa mudou depois que
pararam as pregações sobre o adultério, a mentira, a avareza, a bebedeira, a
glutonaria, os vícios, o arrependimento, a conversão, a volta de Cristo? E,
aonde ainda se prega sobre o juízo final, sobre o inferno, o lago de fogo e
enxofre?
Somente pode haver
mudança onde pessoas são confrontadas com seu estilo de vida; somente pode
haver mudanças onde as pessoas reconhecem que precisam mudar de vida; somente
pode haver mudanças onde as pessoas estão dispostas a deixar Deus agir em suas
vidas através do Espirito Santo. Somente pode haver mudanças em uma sociedade
onde a igreja se submete à vontade de Deus e faz a vontade do Pai, onde ministros(as)
têm a coragem de chamar as pessoas ao
arrependimento de seus pecados. A Igreja
que se conformou com os pecados e não fala mais em pecado, já não é mais igreja
de Jesus Cristo, já deixou de ser sal e luz do mundo. Que igreja, portanto, queremos
ser em 2013?
Irio Edemar Genz