Por vezes, na igreja sobram línguas para
críticas destrutivas, e faltam braços para a ação.
Por vezes, na igreja sobram dedos para
apontar os erros dos outros e faltam ombros para sustentar os que querem ficar
firmes.
Por vezes, na igreja sobra cérebro para
discutir temas irrelevantes e falta inteligência e criatividade para encontrar
soluções novas para um tempo novo que tem as carências de sempre.
Há gente cansada porque fez muito e acabou
sufocada pela incompreensão e pela critica.
Há gente cansada por não ter feito nada.
Há gente que se cansou de sua própria acomodação.
Há gente cansada de esperar atitudes
coerentes.
Não raramente, na igreja sobram olhos para
ver as brechas e falta disposição para tapar uma só delas.
Uma igreja cujos membros trocam gentilezas e
servem uns aos outros não é igreja. É um clube.
Um evangelho superficial que não incomoda os
crentes e não desafia os descrentes não é um evangelho. É uma filosofia.
Por que é baixa a participação dos membros da
igreja nas suas atividades, especialmente nas que vão além das celebrações litúrgicas
ou dos cultos regulares?
Há escassez de recursos humanos na igreja,
embora sobrem membros nas listas e nos bancos durante os cultos.
Há alguns que estão cansados das criticas que
recebem precisamente por servirem a Cristo. Só não é criticado quem não faz
nada. Quem passa os anos lustrando os bancos da igreja não é criticado. Quem se
dispõe a ação: cantando, regendo, tocando, ensinando, pregando, aconselhando,
evangelizando, introduzindo, liderando, este é criticado. Sempre tem alguém que
faria melhor, embora nunca tenha feito nada.
Quando a igreja está vazia, é porque
dispensou Jesus dos seus alvos. Quando eu estou vazio, é porque dispensei Jesus
da minha experiência diária. Quando você está vazio, é porque dispensou Jesus
de sua vida. (tirado do livro, Gente cansada de igreja – Israel Belo de
Azevedo).
Diante dessa leitura podemos continuar
acomodados, podemos continuar reclamando ou podemos mudar a nossa história e de
nossa igreja. Ainda estamos no tempo que podemos recomeçar.
A paciência de quem faz algo na igreja também
tem limites.