segunda-feira, 10 de abril de 2017

500 anos. A reforma tem que começar em nós.

Por vezes, na igreja sobram línguas para críticas destrutivas, e faltam braços para a ação.
Por vezes, na igreja sobram dedos para apontar os erros dos outros e faltam ombros para sustentar os que querem ficar firmes.
Por vezes, na igreja sobra cérebro para discutir temas irrelevantes e falta inteligência e criatividade para encontrar soluções novas para um tempo novo que tem as carências de sempre.
Há gente cansada porque fez muito e acabou sufocada pela incompreensão e pela critica.
Há gente cansada por não ter feito nada.
Há gente que se cansou de sua própria acomodação.
Há gente cansada de esperar atitudes coerentes.
Não raramente, na igreja sobram olhos para ver as brechas e falta disposição para tapar uma só delas.
Uma igreja cujos membros trocam gentilezas e servem uns aos outros não é igreja. É um clube.
Um evangelho superficial que não incomoda os crentes e não desafia os descrentes não é um evangelho. É uma filosofia.
Por que é baixa a participação dos membros da igreja nas suas atividades, especialmente nas que vão além das celebrações litúrgicas ou dos cultos regulares?
Há escassez de recursos humanos na igreja, embora sobrem membros nas listas e nos bancos durante os cultos.
Há alguns que estão cansados das criticas que recebem precisamente por servirem a Cristo. Só não é criticado quem não faz nada. Quem passa os anos lustrando os bancos da igreja não é criticado. Quem se dispõe a ação: cantando, regendo, tocando, ensinando, pregando, aconselhando, evangelizando, introduzindo, liderando, este é criticado. Sempre tem alguém que faria melhor, embora nunca tenha feito nada.
Quando a igreja está vazia, é porque dispensou Jesus dos seus alvos. Quando eu estou vazio, é porque dispensei Jesus da minha experiência diária. Quando você está vazio, é porque dispensou Jesus de sua vida. (tirado do livro, Gente cansada de igreja – Israel Belo de Azevedo).
Diante dessa leitura podemos continuar acomodados, podemos continuar reclamando ou podemos mudar a nossa história e de nossa igreja. Ainda estamos no tempo que podemos recomeçar.

A paciência de quem faz algo na igreja também tem limites.