E,
pondo-se a caminho, correu para ele um homem, o qual se ajoelhou diante dele, e
lhe perguntou: Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna? E Jesus lhe
disse: Por que me chamas bom? Ninguém há bom senão um, que é Deus. Tu sabes os
mandamentos: Não adulterarás; não matarás; não furtarás; não dirás falso testemunho;
não defraudarás alguém; honra a teu pai e a tua mãe. Ele, porém, respondendo,
lhe disse: Mestre, tudo isso guardei desde a minha mocidade. E Jesus, olhando
para ele, o amou e lhe disse: Falta-te uma coisa: vai, vende tudo quanto tens,
e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, toma a cruz, e segue-me. Mas
ele, pesaroso desta palavra, retirou-se triste; porque possuía muitas
propriedades.
Temos
aqui em Marcos o relato de um homem que vai ao encontro de Jesus. Ele corre,
ajoelha-se diante de Jesus e o reconhece como um Bom Mestre. Então, aproveita o
momento para tirar uma dúvida sua. Ele pergunta: Que farei para herdar a vida
eterna? Jesus, na condição de homem (ser humano), lhe responde que somente há
um que é bom – e esse é Deus.
Em
seguida, Jesus lhe pergunta sobre a observância dos mandamentos e o jovem lhe
responde que tudo isso ele tem observado desde a sua mocidade. E, como sabemos
que Jesus é Deus, que ele conhece o que está no nosso coração, ele responde ao
jovem: Falta-te uma coisa: vai, vende tudo quanto tens, e dá-o aos pobres, e
terás um tesouro no céu; e vem, toma a cruz, e segue-me. O jovem queria saber o
que deveria fazer para ser salvo, mas quando Jesus dá a resposta ele se afasta
triste porque amava o seu dinheiro, sua fortuna.
Ajoelhar-se
antes de Cristo falar e manter-se ajoelhado depois que ele falar define onde se
encontra nosso coração. Quantas pessoas hoje também se ajoelham diante de Jesus
pedindo direção para a sua vida, pedindo uma resposta para as suas dúvidas e,
quando Jesus fala, elas se afastam de Cristo, da própria igreja.
Jesus noz diz em Mateus 6.19-21: Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a
traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam. Mas acumulem
para vocês tesouros no céu, onde a traça e a ferrugem não destroem, e onde os
ladrões não arrombam nem furtam. Pois onde estiver o seu tesouro, aí também
estará o seu coração.
Creio que o que mais afasta as pessoas de Cristo é
o apego aos bens materiais, o amor ao dinheiro, como no caso dessa passagem de
Marcos.
Muitas pessoas hoje querem ser batizadas com as
mãos fora da água, segurando a carteira para não molhar o dinheiro. Muitos
estão dispostos a fazer muita coisa, mas não abrir a carteira. Falo aqui
daqueles que têm recursos financeiros e não daqueles que realmente não têm
dinheiro para investir no reino dos céus. Hoje, também, nem é preciso pedir
para vender tudo, basta somente falar em dinheiro na igreja que o barraco já
está armado.
Muitos “cristãos” têm dinheiro para ir a festas
todo fim de semana, têm dinheiro para se embriagar, para se drogar (lembrando
que o cigarro também é uma droga), para futebol, política, etc... Mas não têm
dinheiro para investir no reino de Deus. Estão querendo ouvir uma Palavra de
Cristo, estão querendo tirar suas dúvidas. Mas quando Cristo fala, quando a
palavra de Mateus 6.19-21 é pregada na igreja, muitas pessoas se afastam igual
ao jovem rico, pois sua prioridade não é o reino de Deus.
Espero que você possa refletir no que Jesus fala ao
jovem rico e no texto de Mateus 6.19-21, acolhendo essas palavras de Jesus e
olhando para o seu coração e perguntando a ele onde está o seu tesouro.
Creio que, como cristãos, nosso investimento no
reino dos céus (contribuição, ofertas) não deveria ser menor do que com o que
gastamos com coisas supérfluas. Se gastamos mais em coisas supérfluas (bebida,
cigarro, festas, etc...) do que em relação ao que damos para o reino de Deus,
creio que devemos pensar se realmente estamos vivendo como um cristão deve
viver.
Irio Edemar Genz