sábado, 15 de agosto de 2015

Retirou-se triste



E, pondo-se a caminho, correu para ele um homem, o qual se ajoelhou diante dele, e lhe perguntou: Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna? E Jesus lhe disse: Por que me chamas bom? Ninguém há bom senão um, que é Deus. Tu sabes os mandamentos: Não adulterarás; não matarás; não furtarás; não dirás falso testemunho; não defraudarás alguém; honra a teu pai e a tua mãe. Ele, porém, respondendo, lhe disse: Mestre, tudo isso guardei desde a minha mocidade. E Jesus, olhando para ele, o amou e lhe disse: Falta-te uma coisa: vai, vende tudo quanto tens, e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, toma a cruz, e segue-me. Mas ele, pesaroso desta palavra, retirou-se triste; porque possuía muitas propriedades.
Temos aqui em Marcos o relato de um homem que vai ao encontro de Jesus. Ele corre, ajoelha-se diante de Jesus e o reconhece como um Bom Mestre. Então, aproveita o momento para tirar uma dúvida sua. Ele pergunta: Que farei para herdar a vida eterna? Jesus, na condição de homem (ser humano), lhe responde que somente há um que é bom – e esse é Deus.
Em seguida, Jesus lhe pergunta sobre a observância dos mandamentos e o jovem lhe responde que tudo isso ele tem observado desde a sua mocidade. E, como sabemos que Jesus é Deus, que ele conhece o que está no nosso coração, ele responde ao jovem: Falta-te uma coisa: vai, vende tudo quanto tens, e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, toma a cruz, e segue-me. O jovem queria saber o que deveria fazer para ser salvo, mas quando Jesus dá a resposta ele se afasta triste porque amava o seu dinheiro, sua fortuna.
Ajoelhar-se antes de Cristo falar e manter-se ajoelhado depois que ele falar define onde se encontra nosso coração. Quantas pessoas hoje também se ajoelham diante de Jesus pedindo direção para a sua vida, pedindo uma resposta para as suas dúvidas e, quando Jesus fala, elas se afastam de Cristo, da própria igreja.
Jesus noz diz em Mateus 6.19-21: Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam. Mas acumulem para vocês tesouros no céu, onde a traça e a ferrugem não destroem, e onde os ladrões não arrombam nem furtam. Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração.
Creio que o que mais afasta as pessoas de Cristo é o apego aos bens materiais, o amor ao dinheiro, como no caso dessa passagem de Marcos. 
Muitas pessoas hoje querem ser batizadas com as mãos fora da água, segurando a carteira para não molhar o dinheiro. Muitos estão dispostos a fazer muita coisa, mas não abrir a carteira. Falo aqui daqueles que têm recursos financeiros e não daqueles que realmente não têm dinheiro para investir no reino dos céus. Hoje, também, nem é preciso pedir para vender tudo, basta somente falar em dinheiro na igreja que o barraco já está armado.
Muitos “cristãos” têm dinheiro para ir a festas todo fim de semana, têm dinheiro para se embriagar, para se drogar (lembrando que o cigarro também é uma droga), para futebol, política, etc... Mas não têm dinheiro para investir no reino de Deus. Estão querendo ouvir uma Palavra de Cristo, estão querendo tirar suas dúvidas. Mas quando Cristo fala, quando a palavra de Mateus 6.19-21 é pregada na igreja, muitas pessoas se afastam igual ao jovem rico, pois sua prioridade não é o reino de Deus.
Espero que você possa refletir no que Jesus fala ao jovem rico e no texto de Mateus 6.19-21, acolhendo essas palavras de Jesus e olhando para o seu coração e perguntando a ele onde está o seu tesouro.
Creio que, como cristãos, nosso investimento no reino dos céus (contribuição, ofertas) não deveria ser menor do que com o que gastamos com coisas supérfluas. Se gastamos mais em coisas supérfluas (bebida, cigarro, festas, etc...) do que em relação ao que damos para o reino de Deus, creio que devemos pensar se realmente estamos vivendo como um cristão deve viver.


                                                                                        Irio Edemar Genz