domingo, 15 de junho de 2014

Deus é amor.

Diante do que estamos vivendo em nosso país, o mais importante para refletirmos em nossas igrejas creio que é a questão do amor. O que vemos na mídia e nas redes sociais é uma escancarada falta de amor para com os índios, os sem terra, os cristãos, os pobres, os homossexuais, as religiões afro, as mulheres e, especialmente, com a nossa Presidente Dilma Rousseff.
Na Bíblia, o tema do amor é o que mais se destaca. É o resumo de todos os mandamentos, conforme Mateus 22.36-39: “Mestre, qual é o grande mandamento na Lei? Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Além dessas sábias palavras de Cristo, temos o seu próprio exemplo de vida, o qual ele nos deixou como forma de ensinamento para o nosso próprio viver diário declarando, assim, o amor de Deus por nós, o seu próprio amor para com Deus e para conosco.
A respeito disso o evangelista João nos diz: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16). Vemos nesta declaração tamanho do amor de Deus, a tal ponto de Ele decidir doar seu próprio Filho para nos salvar; vemos também o próprio amor de Cristo que é capaz de abrir mão de sua vida quando concorda com o plano de Deus e, em obediência a Ele e por compaixão a humanidade, se entrega na cruz para que o plano de Deus de salvar o ser humano se torne real.
Na primeira carta de João vemos um relato mais prático do verdadeiro amor de Deus, de como Ele se manifestou em nós e de como este amor é demonstrado em nossas vidas quando o recebemos de Cristo, pois somente amamos porque Ele nos amou primeiro (1 Joao 4.10).
A Palavra de Deus em 1 João 4. 7-8 é um chamado a amarmos uns aos outros, porque o amor procede de Deus, e João ainda enfatiza que somente quem ama é nascido de Deus e conhece a Deus, e aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor. Um pouco antes em 1 João 3. 15-16 ele ainda é mais incisivo, pois nos diz que: “Todo aquele que odeia a seu irmão é assassino; ora, vós sabeis que todo assassino não tem a vida eterna permanente em si. Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos”.
Este é o legado de Cristo: o amor que é capaz de dar a própria vida pelos irmãos. Esse é o chamado para o nosso viver diário, pois como também Paulo fala em 1 Coríntios 13 o amor é o dom supremo. Não adianta falar nas línguas dos anjos, não adianta profetizar, conhecer todos os mistérios, toda a ciência, ter fé a ponto de transportar montanhas, não adianta distribuir os bens aos pobres nem entregar o próprio corpo para ser queimado, pois se não tivermos amor nada disto tem importância. Entre a fé, a esperança e o amor, o mais importante é o amor.
Espero que diante de tanta injustiça, de tanto preconceito, diante de tanta falta de amor, possamos nos colocar diante de Deus em oração e pedir para que Ele nos ensine o verdadeiro amor. Que diante da sua grandeza e de seu poder, através do Espírito Santo, Ele possa nos ensinar a amar uns aos outros assim como Ele nos amou. Que possamos pedir um coração sensível e assim, também, vivermos em obediência a sua vontade, já que como cristãos declaramos conhecer a Deus (1 Jo 2.3).

                                                                                                              Irio Edemar Genz